STR DE CAXIAS DO SUL
Falar da história do movimento sindical rural no RS passa pelo nosso Sindicato, oficialmente fundado em 27/04/1962 em Caxias do Sul. Logo depois, ao lado de outros oito sindicatos, lideramos a criação da FETAG — Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul —, marco de união e representatividade. Hoje, a FETAG congrega 312 STAFs, espalhados por 450 municípios gaúchos, fortalecendo direitos e a valorização permanente da agricultura familiar.

A história do STR de Caxias inicia em 27/04/1962, quando foi oficialmente fundado. Logo depois, ao lado de outros oito sindicatos, participou da criação da FETAG, hoje composta por 312 STAFs presentes em 450 municípios do RS.
Nos anos 60, agricultores buscavam valorização da categoria e direitos como cidadãos brasileiros. Unir-se em prol da causa, com apoio da Igreja Católica, foi a melhor opção. Nesse processo, destacaram-se Quirino Signori e sua esposa Zilba Bortolotto Signori, que dedicaram-se à organização dos agricultores e foram fundamentais no início do movimento sindical rural em Caxias do Sul e na Serra.
Com esperança de um futuro cada vez melhor, e lutando para isto, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Caxias do Sul, representa de forma organizada, defendendo, apoiando e prestando serviços qualificados aos trabalhadores e trabalhadoras rurais, visando uma sociedade mais justa e igualitária, com possibilidades para o jovem rural.
Através de seus valores e princípios, é modelo de organização sindical, buscando e intervindo nas políticas públicas voltadas para o setor produtivo, qualificando ações em prol da categoria e do desenvolvimento sócio-econômico.
Prefácio Livro Regional Serra 30 anos
Ao ler este livro lembro-me de tantos fatos e pessoas que fizeram parte da minha vida, das longínquas décadas de 50 e 60, onde iniciamos a nossa caminhada.Recordo com saudade de fatos e pessoas que fizeram parte da minha vida e desta caminhada, de jovens, mulheres e homens trabalhadores rurais esquecidos pela sociedade, abandonados a sua própria sorte.O passado que se confunde com o presente, pois o nosso agricultor continua lutando e buscando ampliar e garantir seus direitos.
Éramos jovens, queríamos ser mais do que jovens comuns, queríamos fazer a diferença, éramos Jacistas, jovens comprometidos com a realidade. A JAC (Juventude Agrária Católica) foi um movimento que nos envolveu nesta caminhada. No despertar da nossa consciência fez com que assumíssemos a missão de transformação da realidade dos nossos agricultores, visando preparar líderes para fazer frente aos problemas vividos e sentidos. Também juntamos nossas forças e participamos do movimento da Frente Agrária Gaúcha (FAG), que como nós era ligada à Igreja Católica.
Surgindo como conseqüência deste movimento e desta união o sindicalismo rural na Serra gaúcha. Sinto grande emoção em recordar que também fiz parte desse processo. Em 1962, um jovem da JAC, chamado Osvaldo Conte, tornou-se o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Antonio Prado. Para nós era e é uma grande conquista, que consigo trouxe novos frutos de organização do movimento sindical, iniciando assim a caminhada em busca de melhores condições sociais, econômicas e políticas para o homem do campo.
As páginas deste livro tentam retratar um pouco das dificuldades e desafios que a organização sindical trilhou para hoje os nossos agricultores serem reconhecidos de fato como cidadãos. Lembramos das grandes dificuldades que enfrentamos devido à situação política do país nas décadas de 60 e 70, da repressão e vigilância constante em nosso trabalho. Enfrentamos de peito aberto esse período, onde diversas reuniões de organização foram interrompidas e assistidas pelas forças militares empunhando suas armas em nossa direção. Mesmo assim não nos intimidamos e continuamos com o nosso compromisso. Foram mãos unidas e calejadas, longas caminhadas, inúmeras mobilizações até sermos reconhecidos e conquistarmos nossos direitos.
Nos capítulos do livro tentamos registrar e resgatar fatos marcantes, depoimentos de líderes, de mãos que semearam o sindicalismo, muitos que fizeram e fazem parte desta caminhada. Quero destacar o meu querido companheiro Quirino, pai, avô e amigo, que durante os 42 anos em que juntos vivemos sempre esteve comprometido com a causa do trabalhador rural e que fez dela o seu objetivo de vida. Continuo nesta caminhada.
Espero que a nossa caminhada tenha feito a diferença e que ao ler este livro você sinta o amor, a fé e a esperança que impulsionaram o nosso trabalho, pois a transformação do meio em que vivemos depende do compromisso que temos com nós mesmos e com os outros. A cada um de nós foi dada a missão de construir e que a nossa passagem por este mundo não seja em vão. Abraço!
Zilba B Signori.
A origem do sindicalismo brasileiro
Nosso sindicalismo ganhou impulso no fim do século XIX, com a Lei Áurea (1888), a expansão do trabalho assalariado e a mudança de poder do campo cafeeiro para centros urbanos e industriais. Antes dos sindicatos formais, houve resistências: indígenas contra a invasão, escravizados em quilombos e a primeira associação profissional de estivadores (1812). A Constituição de 1824 proibia corporações, mas greves como a dos tipógrafos (1858) e a imigração europeia aceleraram a organização. Em 1891, garantiu-se o direito de associação; em 1903 autorizaram-se sindicatos rurais e, em 1907, legalizou-se o sindicalismo urbano, que avançou com vertentes socialistas, anarquistas e o tenentismo. Até 1930, a estrutura agrária e a dispersão dos assalariados ainda barravam o sindicalismo no campo. Na década de 1930, Getúlio Vargas reconheceu sindicatos, criou CLT, Justiça e Ministério do Trabalho, introduziu unicidade e imposto sindical, fortalecendo, mas também controlando o movimento.
No campo, o sindicalismo demorou a deslanchar: até 1960 havia menos de dez sindicatos reconhecidos; trabalhadores e empregadores dividiam entidades e a dispersão no meio rural dificultava a organização. O impulso veio com o Estatuto do Trabalhador Rural (1963) e com experiências como Ligas Camponesas, Master e Grupo dos Onze, além do MEB. No RS, a Igreja Católica gestou o movimento por meio da JAC e da FAG, formando lideranças, difundindo cooperativismo e incentivando a sindicalização. Na Serra, a ação de padres como Júlio e Eugênio Giordani, João Bosco Schio e Antônio Galiotto somou-se a jovens como Quirino Signori e Zilba Bortolotto. Em 1962, surgem os STRs de Antônio Prado, Caxias do Sul, Garibaldi, Bento, Farroupilha, Flores da Cunha, Carlos Barbosa, Nova Prata e Veranópolis; em 1963, junto a outros oito sindicatos, fundam a FETAG, hoje com 312 STAFs em 450 municípios.
Os conselhos são espaços de diálogo entre a sociedade, entidades e o poder público. Neles, o Sindicato participa levando a voz dos agricultores familiares, ajudando a construir políticas, projetos e decisões que impactam diretamente a vida no campo. É através dessa representação que garantimos que as necessidades e prioridades da agricultura familiar sejam ouvidas e respeitadas.
Conselho de desenvolvimento rural – https://caxias.rs.gov.br/gestao/conselhos/conselho-de-desenvolvimento-rural-cmdr
Comdema – https://caxias.rs.gov.br/gestao/conselhos/conselho-de-defesa-do-meio-ambiente-comdema
Consea – https://www.gov.br/secretariageral/pt-br/consea
Conseplan https://conseplan.org.br/
SMM https://caxias.rs.gov.br/gestao/secretarias/meio-ambiente
CMS https://caxias.rs.gov.br/gestao/conselhos/conselho-de-saude-sms
Participe conosco! Deixe suas sugestões e reclamações para os conselhos representados pelo Sindicato:
(54) 3223-7676
contato@strcaxias.com.br
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